quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Trecho - Minhas Adoráveis Ex-Namoradas

Se arrisca. Eu não fiz isso, e olha pra mim, eu sou vazio, solitário, eu sou um trapo humano. Isso não significa que você não vai se magoar, mas uma coisa eu te garanto: qualquer dor que você sentir nunca vai se comparar ao arrependimento por ter desistido do amor. E pra alguém que já sentiu os dois, acredite, a dor aparece todos os dias da semana, e aos domingos é muito pior. Não foge dele. Não faz isso!



O poder de um relacionamento está nas mãos de quem se envolve menos... Mas nem sempre poder é felicidade.

sábado, 5 de outubro de 2013

Insistir em algo que nunca dá certo é como calçar um sapato que não serve mais. Machuca, causa bolhas, às vezes até sangra. Aí você percebe que o melhor é ficar descalço. Deixar totalmente livre o coração, enquanto vive. Deixar livre os pés, enquanto cresce. Porque quando a gente vai crescendo, o número muda. E o que você insistia em por, não lhe serve mais. Às vezes na vida, você tem que esquecer o que você quer, para começar a entender o que você realmente merece.


domingo, 18 de agosto de 2013

Eu não tenho medo de voar. Eu tenho medo de estar fechada num lugar e de ter escolhido estar fechada nesse lugar. Tenho medo porque meus pés sentem o chão mas ele é falso. Meus pés sempre me obrigam a sentir a verdade e eu sou obrigada a dizer a eles que aquele chão não dura e nem é de terra. Tenho medo do absurdo que é sorrir e dizer "guaraná normal e sem gelo, grata" enquanto se quer dizer "que merda é essa de estar voando se não sou a porra dum passarinho?". Tenho medo porque quando acabar estarei em outro lugar. Agora, se eu pudesse escolher o maior de todos os medos, eu diria "a chance disso cair agora é muito pequena". Estou sobrevoando, sem inteligência, a água profunda que aprendi a chamar de casa mas também de intervalo. A verdadeira angústia de voar é estar acima da nossa vida. Voar é tornar nossa rotina banal. Estou voando há dias, de primeira classe, com vista para o desenho de um país que não sei o nome. Ao lado de uma pessoa que, até que enfim, não é mais uma barrinha de cereal. (Tati Bernardi)