quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. Pros erros? Há perdão. Pros fracassos? Chance. Pros amores impossíveis? Tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando! :)

Em 22/07/06

''Tudo ficará bem amanhã''
Você disse.
Não chore, não derrame uma lágrima.
Quando acordar
Ainda estarei aqui
Quando acordar
Combateremos seus medos
E agora eu guardo meu coração
Deixo suas fotos no chão
Roubo o passado da lembrança
Não posso mais suportar
Sequei minhas lágrimas
E agora encaro os anos
Do jeito que você me amou
Dissipou todas as lágrimas
Apenas um pouco de tempo,
Foi tudo o que precisamos.
Apenas um pouco de tempo,
Para que eu visse,
A luz que a vida pode te dar,
Como isso pode te libertar...

A Incerteza de Sempre (2007)

Nada é para sempre
Minha companhia de agora
Não é para sempre
A platéia
Que está diante dos meus olhos
Não é para sempre
Os passeios aos domingos
Não são para sempre
As estrelas
Nascidas no caos da via-láctea
Não são para sempre
O abismo
Que criei diante dos meus pés
Não é para sempre
Não importa que rumo a vida tome
Nem quais são as máscaras pelo mundo afora
Não sei andar por todos os caminhos
Nem me defender sempre com palavras
Razões
Emoções
Certezas
Nada é para sempre
Guardo luz e sombra dentro de mim
Sou livre como as folhas do campo
Como as gotas da chuva
Como os grãos de areia
Mas eles também não são para sempre
O caminho que eu tento seguir
Não é para sempre
Sempre há algo no caminho
Sempre há algo se interpondo
Mas não sou eu...
Às vezes a ignorância chama à verdade
Mas a esperança não está naquilo que sei
Não em mim...
Posso encontrar a paz quando estou confusa
Encontro esperança mesmo desapontada
E sei que não é para sempre
As estações estão mudando
As ondas estão quebrando
Todas as estrelas caem por nós
Os dias aumentam
As noites diminuem
Mas não para sempre
A partida da pessoa amada
Não é para sempre
A vida é um moinho
O que for...
Há de voltar.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

"Às vezes parece que foi ontem... Formando-se no colégio, dizendo adeus. Aquela sensação que você tem aos 17 ou 18 anos, que ninguém no mundo esteve tão próximo. Amou tão ferozmente. Riu com tanta vontade... Ou importou-se tanto assim. Às vezes parece que foi ontem. E às vezes... Parecem as lembranças de outra pessoa." (OTH)