quinta-feira, 24 de junho de 2010

A Incerteza de Sempre (2007)

Nada é para sempre
Minha companhia de agora
Não é para sempre
A platéia
Que está diante dos meus olhos
Não é para sempre
Os passeios aos domingos
Não são para sempre
As estrelas
Nascidas no caos da via-láctea
Não são para sempre
O abismo
Que criei diante dos meus pés
Não é para sempre
Não importa que rumo a vida tome
Nem quais são as máscaras pelo mundo afora
Não sei andar por todos os caminhos
Nem me defender sempre com palavras
Razões
Emoções
Certezas
Nada é para sempre
Guardo luz e sombra dentro de mim
Sou livre como as folhas do campo
Como as gotas da chuva
Como os grãos de areia
Mas eles também não são para sempre
O caminho que eu tento seguir
Não é para sempre
Sempre há algo no caminho
Sempre há algo se interpondo
Mas não sou eu...
Às vezes a ignorância chama à verdade
Mas a esperança não está naquilo que sei
Não em mim...
Posso encontrar a paz quando estou confusa
Encontro esperança mesmo desapontada
E sei que não é para sempre
As estações estão mudando
As ondas estão quebrando
Todas as estrelas caem por nós
Os dias aumentam
As noites diminuem
Mas não para sempre
A partida da pessoa amada
Não é para sempre
A vida é um moinho
O que for...
Há de voltar.

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